segunda-feira, 31 de julho de 2017

A verdade?

Segunda-Feira
31/07/2017


Coisas que acontecem diariamente.
Riso alheiro
Ideias radicais em sua mente.
Sangue batendo no peito.
Escuto meu coração.
Desista disso.
Está ouvindo isso?
Amanhã tudo recomeça.
Não importa o que você faça.
Sente o que eu te digo?
Isso não é imaginação.
Então, o que é?
Desista.
Amaldiçoando cada dialogo.
Diazepam.
Entendi?

sábado, 29 de julho de 2017

%random%

Qual o maldito problema dos humanos com números?
Vocês aprenderam errado...
Com 14 anos você compete o tamanho do seu pau, e quanto maior, mais chance de ter sucesso como macho reprodutor.
Com 16 anos a competição é entre garrafas vazias.
Números de pegas em uma noite.
Números do salário.
Números de curtidas em uma rede social.
Números.
E quantas vezes você desconfiou da sua própria verdade?
Quantas vezes você questionou a sua existência?
Não se trata de culpar o sistema, você é o problema.

Cegueira

Depois de todos esses anos vivendo na cegueira
Ele surge me prometendo a verdade
Um dia como qualquer outro
Sinto que já disse isso milhares de vezes...

Esqueça o que te ensinaram
Sua mente deve estar vazia
Tantos anos na caverna...
Anos de completa ignorância

Mas hoje eu te dou a minha mão
Olho em seus olhos
Rimos das suas promessas
Te desejo sorte, beijo a sua testa
Oramos em seu nome

Limite

Acordei novamente, e me pergunto que dia é hoje.
Sábado, 29/07/2017
Mas não é disso que estou falando.
Estou falando do que realmente esta acontecendo, do que acontece fora das muralhas das desilusões.
Estou falando do deserto da realidade.
E somos apenas marionetes.
Seres da Quinta dimensão fazem apostas em nossas vidas.
Somos apenas cavalos de corrida.
Galos em brigas.
Diversos níveis de distração, e a farpa sempre esteve entre nós.
Eles sempre estiveram entre nós.
Sobre nós.
Dentro de nós.
Nossa dimensão é apenas um quadro na parede.
Formigueiro em uma caixa de vidro.
E você não pode fazer nada a respeito.
Desista e respira.
Beba e se drogue.
Um trago, um disparo.
E isso define nossas vidas.
Esse é o nosso limite.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Segunda

Segunda-feira.
Com cara de Quarta.
Mas o gosto é de Domingo à noite.
Dentre todos esses dias...
Questionei a sua necessidade na minha vida.
Nos meus pensamentos.
Em minhas blasfêmias.
Na discórdia dos meus sonhos.
E por onde eu olho, sinto a sua necessidade.
Sinto uma vontade de te abraçar.
De fechar os olhos e me entregar de alma.
Viver a tão aclamada mentira.
Viver o que é pra viver.
Mas no fundo.
Eu sei.
Bem no fundo mesmo.
Eu sei que não preciso de você.
Não preciso da sua maldita aprovação.
Não preciso de seus elogios.
Não preciso de você.
Preciso quebrar essa linha.
Preciso dormir.
Mas não preciso de você.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Pêndulo

Domingo, 16/07/2017
Estou em uma sala fechada, paredes brancas, piso vermelho escuro, velho e desgastado.
Na parede a minha frente, uma pequena janela fechada, com grades e vidros quebrados, por onde entra a pouca claridade que temos na sala.
Estou sentado em uma cadeira de ferro, preta, simples, e em minha frente uma pequena mesa de madeira, sem verniz, com vários desenhos e rabiscos.
Do outro lado da mesa, em uma cadeira igual a minha, tem um homem sentado, com os braços apoiados sobre a mesa, e os dedos cruzados.
Ele faz cara de machão, tentando impor respeito aos seus enormes braços.
Ele fala alto, quase gritando, dizendo que sou um moleque mimado, um “leite com pera”.
Ele fala muitas coisas.
Não ouço metade do que ele diz, estou mais preocupado com o fato da minha moto estar com pouca gasolina, e provavelmente vou ter uma pane seca a uns 2 quarteirões da delegacia.
Estou mais preocupado com o fato de ser condenado e ter que dividir a cela com outras pessoas.
Estou mais preocupado em ter que conviver fechado em uma cela com outras pessoas, que assim como ele, não param de falar.
Ele percebe que não estou ouvido, e dá um tapa na mesa e pergunta qual o meu problema.
Dou risada, e percebo em seu rosto que essa não foi uma boa atitude no momento.
Dou risada, e digo que não tenho a tarde toda para descrever os meus problemas.
E que possivelmente ficaremos nesta sala pelas próximas 5 horas.
Ele saca a arma e coloca sobre a mesa, e estrala os dedos.
Mas eu estou mais preocupado em memorizar cada detalhe.
E ele faz alguma ameaça.
_Olha, se a sua intenção é me matar, ou me dar alguns socos, vai logo.. Tenho que trabalhar amanhã..
Ele diz algo sobre isso ser sério, mas não estou brincando, eu realmente tenho que trabalhar amanhã.
Ele me pergunta sobre a quantidade de materiais sobre armas e bombas em meu computador.
Ele me pergunta sobre o LSD e sobre o tijolo de chá.
_Não fazia ideia que tinha essas coisas em casa.
Ele diz que vai ser obrigado a partir para o lado difícil.
Policial bom/Policial mal.
Adoro isso.
Isso vai dar um bom texto.
Ele puxa a minha barba em sua direção, eu caio sobre a mesa, em uma posição constrangedora.
Começo a rir.
Não tenho problemas com pessoas fortes ou agressões físicas.
Meu problemas é com pessoas que acham que sabem de mais.
Pessoas com síndrome de superioridade.
Já passei da etapa de ter medo de sentir dor.
Meu problema é minha mente.
E enquanto ele segura a minha barba, eu digo tudo isso a ele.
Ele dá um tapa em meu rosto.
E com isso minha barba escapa de sua mão direita.
Caio sobre a mesa, em uma posição ainda mais desconfortante da anterior.
_isso não vai funcionar.
Se isso é uma ameaça para me tirar da vida que tenho atualmente, acho que vou aceitar.
Eu tenho que trabalhar amanhã, a menos que tenha um bom motivo para faltar.
Ser preso com 5 quilos de maconha e algumas cartelas de LSD parece um bom motivo.
Me sento novamente na cadeira, e percebo que boa parte da minha barba ficou sobre a mesa.
_Você fudeu com minha barba cara, porque você fez isso?
Ele fica irritado e pede para que eu continue.
_Confissão após agressão, é válida?
Ele fica vermelho, da outro tapa sobre a mesa, se levanta e sai.
Não me lembro exatamente o que aconteceu após isso, na verdade eu não me lembro de muitas coisas.
Mas saio da delegacia, com o lado direito da barba faltando um pedaço.
Meu rosto esta vermelho, com a marca perfeita da mão daquele cara.
Ela perguntou o que aconteceu.
Invento uma história sobre estar bêbado e irritar travestis.
Ela acredita e ri.
_Bem feito, seu idiota.
Eles devolveram meu computador.
Pergunto a Ele o que exatamente aconteceu.
_O importante é que você está bem.
Ele fala isso olhando para o lado direito do meu rosto.
O tanque da minha moto está cheio, e meu retrovisor esquerdo quebrado.
Não faço ideia de como isso aconteceu.

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São 23:34 e eu escrevo em um bloco de notas.
Sem a comodidade de corretor ortográfico.
Sem a comodidade do seu colo.
Seu cafune.
E mesmo nos pequenos detalhes me distraio.
E logo penso em você.
Lembro do seu contato.
Sua voz baixa e mansa
Sua pele clara como...
E noites e mais noites passo me embriagando.
Talvez você seja só a minha escapatória.
Minha desculpa de odiar tudo.
Talvez você nem exista.
Talvez você é apenas um fruto da minha imaginação.
Poderia viver sem um objetivo?
E a loucura de filmes americanos...
Isso é real?
Chamo seu nome.
E você...
Quando tudo isso começou?
Apenas...
Apenas gostaria da sua presença.
De seus lábios...
Ser assim é tão errado a ponto de você me julgar?
Encaro em seus olhos e desvio o olhar.
Fobia social.
E você não sabe o motivo disso tudo
A ignorância é uma benção
Apenas continue vivendo a sua vida
E talvez você seja feliz assim
Quem sou eu pra te julgar?

Sorrio.